Apontamento sobre empatia e alteridade- Centro Cultural de Lagos, 2022

EXPOSIÇÃO COLETIVA DE ARTE CONTEMPORÂNEA
O contexto pandémico reforçou a necessidade de considerar o lugar da empatia, da integridade e da confiança. Esta urgência, surgida do individualismo, da desconsideração e da desumanização, assoma-se à confusão sobre o que significa a palavra liberdade e à dificuldade crescente na distinção entre facto e opinião, entre crítica e ataque ou ainda, entre empatia e compaixão.
A identificação de um sujeito com o outro, sentindo, desejando ou aprendendo como ele, procurando entendê-lo através da especulação ou sensação e das competências emocionais mais extraordinárias e mais complexas. Porque empatia não é compaixão, simpatia ou simplesmente pena. Não se trata exatamente de conseguir andar com os sapatos do outro, porque essa caminhada não é isenta dos preconceitos e estereótipos que carregamos. Empatia pode ser observada como a compreensão do eu social a partir de uma conjugação de olhares de fora para dentro e de fora para fora, sem as comparações ou projeções resultantes da experiência pessoal.
A exposição tem como objetivo a afirmação de um percurso ativo, onde a interdisciplinaridade e a pluralidade das obras selecionadas ajudam a desenhar uma narrativa não linear que visa a nossa memória coletiva, social e política, convocando ao debate e à construção participada. Uma discussão sobre identificação, identidade, racismo, apropriação e alteridade.

Curadoria: Patrícia Trindade e Orlando Franco.
Artistas participantes: Ângelo Ferreira de Sousa, Beatriz Banha, Cecília Corujo, CuntRoll Zine, Eduardo Fonseca, e Silva & Francisca Valador, Francisca Correia do Vale, #MAKAlisboa: Francisco Vidal+Namalimba Coelho, Juliana Julieta, Maia Horta, Oleksandr Lyashchenko, Orlando Franco, Patrícia Serrão, Paulo Simão, Pedro o Novo, Rodolfo Bispo, Sara & André, Susana Anágua e Wasted Rita.
Com o apoio de @balaclava_noir wrap.cover @cmllagos.